IRAQUARA, GRUTAS MARAVILHOSAS, CHAPADA DIAMANTINA, BAHIA BRASIL, GUIA DE TURISMO JOÃO

Belezas naturais de Iraquara ao norte da Chapada Diamantina: Pratinha, Gruta da Torrinha, Lapa Doce, Gruta da Fumaça e a cidade de Iraquara.

 

O maior acervo espeleológico da América do Sul, ou seja, a maior concentração de cavernas está sob o território de Iraquara. A Gruta da Pratnha, da Lapa Doce, da Torrnha, de Mané Ioiô e da Fumaça são as principais atrações do município que possui um subsolo com grande teor de calcário. Na língua tupi, Iraquara significa "pote de mel, poço de mel ou riacho de mel".

A riqueza do folclore, representado pelos Ternos de Reis e Reisados, completa o seu patrimônio cultural, ao lado das festas populares que acontecem o ano inteiro, com destaque para o São João, antecipado; as festas da padroeira Nossa Senhora do Livramento; de Santo Antônio; de São José; de São Judas Tadeu; de São Pedro; Senhora Santana; Senhor do Bomfm e o Carnamel, Carnaval do Riacho do Mel.

Parte do território de Iraquara está protegido na Unidade de Conservação Marimbus-Iraquara com 125,4 mil ha numa região limítrofe ao Parque Nacional da Chapada Diamantna. É caracterizada pelo grande número de cavernas calcárias e pela formação lacustre conhecida como Marimbus. A Lapa do Sol, a Lapa do Caboclo e o Abrigo Santa Marta são sítios arqueológicos que se destacam pela ocorrência de inscrições rupestres, atestando a presença humana na pré-história brasileira.

O roteiro das grutas é o mais frequentado. O mergulho, para quem é expert nesta prática, é uma atração imperdível no interior da caverna interligada à Gruta Azul por um canal subaquático de 330 m. As formações raras datam de 700/900 milhões a 1/1,7 bilhão de anos. Iraquara fica a 427 km de Salvador.

 

Gruta da Torrinha em Iraquara - Chapada Diamantina - Bahia Brasil. 

Quando o assunto é beleza e variedade, o subsolo da Chapada Diamantina não perde em nada para sua superfície. No lugar das bromélias, xique-xiques e sempre-vivas, aparecem as flores de aragonita, as agulhas de gipsita e as bolhas de calcita --formações raras encontradas na caverna Torrinha. 

A Torrinha não é a maior caverna do Brasil, mas é uma das mais completas, considerando-se a riqueza e diversidade de seus espeleotemas. No último levantamento da Sociedade Brasileira de Espeleologia, de 1994, a Torrinha aparece como a 13º maior do país, com 8.210 metros. No entanto, atualmente já há 13.300 metros mapeados, o que a colocaria em sétimo lugar. A maior caverna calcária do país é a Toca da Boa Vista, em Campo Formoso (BA), com 97.300 metros. 

Descoberta em 1850, a caverna Torrinha fica em uma propriedade particular em Iraquara. O atual proprietário e zelador da caverna, Eduardo Figueiredo da Silva, 45, conta que, na época, seu bisavô percorreu apenas 600 metros, trecho que corresponde ao primeiro dos três roteiros. 

Em julho de 1992, caminhando pela caverna, uma espeleóloga francesa parou para descansar e viu que a chama de seu carbureto balançou. A corrente de ar responsável pelo movimento vinha de uma passagem estreita, entre blocos desmoronados, que dava acesso a uma galeria desconhecida. Com esse novo trecho, a Torrinha passou a ter 8.300 metros mapeados e mais dois roteiros de visitação. Acredita-se que a caverna ainda tenha galerias não-exploradas. 

Roteiros 

Antes de entrar na Torrinha os visitantes recebem um capacete e orientações sobre o comportamento dentro da caverna. Não falar alto, não correr e não mexer nas formações são os principais pedidos. Extremamente delicados, um simples toque pode não só quebrar os espeleotemas como retardar seu crescimento --cerca de 1 cm em 33 anos. 

Como em alguns trechos é preciso andar agachado e até engatinhar, o ideal é não levar mochilas grandes. Apesar de os guias iluminarem o caminho com lampião, lanternas de cabeça são bem-vindas. Dependendo do tempo de permanência na caverna, recomenda-se levar água. 

No primeiro roteiro o visitante tem acesso apenas às formações básicas de caverna, como as estalactites e estalagmites. Participam desse trajeto, de 600 metros e com duração média de uma hora e 20 minutos, até oito pessoas por guia. 

O roteiro dois tem duração de duas horas e pode ser feito por até seis pessoas por grupo. Nesse trajeto, com 1.500 metros, o visitante poderá ver as formações conhecidas como vulcão e a bolha de calcita com flor de aragonita. É nesse trecho que fica a famosa agulha de gipsita, considerada uma das maiores do mundo --tem 65 centímetros. No entanto, essa área não é aberta para visitação. 

Percorrer os dois quilômetros do terceiro roteiro (até cinco por grupo) exige mais tempo --pelo menos duas horas e 30 minutos. Entre as principais atrações do trecho estão o salão branco --maior da Chapada aberto à visitação, com 100 metros x 200 metros-- e as raras helictites com flor de aragonita na ponta --única do mundo, segundo o zelador da Torrinha. A formação conhecida como cabelo de anjo e as grandes agulhas têm acesso proibido. 

Para fazer qualquer um dos roteiro paga-se uma taxa individual para manutenção da caverna. O serviço dos guias é cobrado à parte e varia de acordo com o tamanho do grupo. A Torrinha pode ser visitada diariamente, das 7h às 22h.  

 

Estalactite: forma-se a partir de gotas vindas do teto. Antes da queda, a solução libera calcita, um tipo de mineral, que se precipita à sua volta em forma de anel. Sucessivamente, novas gotas depositam outros anéis. Essas sobreposições de anéis produzem uma forma de canudo alongada em direção ao piso. 




Estalagmite: a água que goteja das estalactites, ou diretamente do teto da caverna, precipita a calcita sob a forma de lâminas ao atingir o piso da caverna. Por meio da superposição de lâminas crônicas, formam-se as estalagmites, que crescem do piso ao teto. 




Flor de aragonita: cresce a partir de um centro de cristais aciculares de aragonita, ou seja, que têm forma de agulha. A formação dá origem a arranjos que lembram flores, daí o nome. Este tipo de espeleotema é considerado raro. 





Agulha de gipsita: formada pela precipitação de sulfato de cálcio (CaSO4). Na Caverna Torrinha, as agulhas de gipsita estão entre placas de argila desidratas ao longo do tempo. 






Cortina: são formadas quando há superposição de “rastros” ou “linhas” de mineral precipitado. Ocorrem a partir de gotas que escorrem ao longo de tetos inclinados. 



Helictite: formado a partir da precipitação de carbonato de cálcio (CaCO3) em paredes, tetos ou sobre espeleotemas previamente formados. A direção assuminda pele helictite é controlada pela força de cristalização do mineral, o que explica a grande variedade de formas.  

A história de Iraquara começa a mais de 12 mil anos quando, por este sitio passaram muitos povos pré-históricos, nômades das mais variadas regiões, hoje conhecidas como Goiás, Pernambuco, Além São Francisco, Minas Gerais e outras tantas.

Deixaram aqui a marca de suas presenças através de pinturas rupestres, fósseis e registros arqueológicos encontrados nas grutas e abrigos abundantes, originados pela formação calcária do subsolo.

Os colonizadores começaram a chegar à região na metade do século XIX, atraídos pelo diamante da região, formando garimpos que deram origem a muitos povoados, sendo que em Iraquara os principais são a antiga Parnaíba, hoje Iraporanga, a Vila do Riacho do Mel, Água de Rega, Canabrava e Estiva, hoje Afrânio Peixoto situada no município de Lençóis.

A exploração do ouro e do diamante fez surgir uma estrada que cortava a Chapada Diamantina no sentido norte/sul ligando Jacobina a Rio de Contas e passando pelos municípios de Iraquara e Seabra. Ela é conhecida como Estrada Real e está em via de ser tombada como patrimônio histórico. Estes caminhos eram utilizados pelos tropeiros que faziam o comércio da região e pelos "boiadeiros", que transportavam o gado pela estrada que recebeu o nome de Estrada Boiadeira.

O caminho por onde passa a Estrada Boiadeira tinha paradas tradicionais como a Vila de Cochó do Malheiro em Seabra, Riacho do Mel, Estiva, Campo de São João e Iraporanga, que possuem um agrupamento de casas de valor histórico relevante, dignos de tombamento.

A descoberta de diamantes nestas paragens fez desenvolver estes povoados que hoje conservam a ambiência colonial, os costumes e hábitos de uma gente hospitaleira e amiga.

Outro fator que definiu a ocupação do homem colonizador no município de Iraquara foi a fertilidade do seu solo vermelho, e a ocorrência de água nos vales e cavernas da região. A descoberta de um poço com água abundante no leito do Riacho Água de Rega, por um tropeiro chamado Manoel Félix fez surgir um povoado, que posteriormente tornou-se a cidade de Iraquara.O maior acervo espeleológico da América do Sul, ou seja, a maior concentração de cavernas está sob o território de Iraquara. A gruta da Pratinha, da Lapa Doce, da Torrinha, de Mané Ioiô e da Fumaça são as principais atrações do município que possui um subsolo com grande teor de calcário. Na língua tupi, Iraquara significa "pote de mel, poço de mel ou riacho de mel".

A riqueza do folclore, representado pelos Ternos de Reis e Reisados, completa o seu patrimônio cultural, ao lado das festas populares que acontecem o ano inteiro, com destaque para o São João antecipado; as festas da padroeira Nossa Senhora do Livramento; de Santo Antônio; de São José; de São Judas Tadeu; de São Pedro; Senhora Santana; Senhor do Bonfim e o Carnamel, Carnaval do Riacho do Mel.

Parte do território de Iraquara está protegido na APA Marimbus-Iraquara com 125,4 mil ha numa região limítrofe ao Parque Nacional da Chapada Diamantina. É caracterizada pelo grande número de cavernas calcárias e pela formação lacustre conhecida como Marimbus. A Lapa do Sol, a Lapa do Caboclo e o Abrigo Santa Marta são sítios arqueológicos que se destacam pela ocorrência de inscrições rupestres, atestando a presença humana na pré-história brasileira.

O roteiro das grutas é o mais frequentado. O mergulho, para quem é expert nesta prática, é uma atração imperdível no interior da caverna interligada à Gruta Azul por um canal subaquático de 330 m. As formações raras datam de 700/900 milhões a 1/1,7 bilhão de anos. Iraquara fica a 427 km de Salvador. 

Considerado o maior do gênero no Brasil, o Parque Espeleológico de lraquara concentra centenas de cavernas. Ali se desenvolvem pesquisas cientificas paleontológicas, biológicas e antropológicas. Nessa região. encontratam-se fósseis de preguiças gigantes e de tigres de dente-de-sabre.

Pinturas rupestres em cavernas como a Lapa do Sol e a Abrigo de Santa Marta (fechadas à visitação), estão sendo objetos de estudo. A fauna do lugar inclui jaguatiricas, onças e veados.

Gruta da Lapa Doce - Essa caverna onde vivem espécimes raros, como o bagre cego e albino, faz parte do complexo denominado Lapa I. II e III.

Gruta da Pratinha - O acesso é feito através de um rio com equipamento de mergulho e acompanhamento de um guia. Dentro da gruta há grande diversidade de espeleotemas (formações minerais), como agulhas de gipsita e flores de aragonita. Algumas das mais interessantes podem ser vistas no Salão do Sino e no Salão dos Vulcões. Depois do passeio, pode-se nadar nas águas cristalinas do rio Santo Antonio, divertir-se na tirolesa ou comer peixe nos restaurantes próximos.

Gruta Azul - Lago de águas transparentes e azuladas formadas pelo subterrâneo da Gruta da Pratinha. O cenário toma-se ainda mais belo 10h e 15h, quando os raios de sol batem no interior da gruta. O mergulho deve ser feito com cuidado para não desgastar o calcário das pedras.

Bolo de Noiva - Antigamente chamada Buraco do Cão, tem entrada por uma bela dolina. Nesta caverna encontram-se lindas formações de estalagmites e estalactites e uma lagoa, que também faz parte do lençol de água da Pratinha. Para entrar na gruta é necessário descer por rústicas escadas de corda e estar acompanhado por guia.

Gruta da Torrinha - Contém um verdadeiro tesouro em cristais, como agulhas de gipsita - consideradas as mais perfeitas do mundo - e flores de aragonita de beleza ímpar. Parte dela é reservada a pesquisas, mas a área aberta ao público é deslumbrante.

Iraporanga - Este pequeno vilarejo antigo com casarões muito bem preservados é famoso pela boa cachaça produzida em seus alambiques artesanais.

 

 

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