BAHIA HISTORIA - INFORMAÇÕES GUIA DE TURISMO - CHAPADA DIAMANTINA

BAHIA HISTORIA - INFORMAÇÕES GUIA DE TURISMO - CHAPADA DIAMANTINA

A história da Bahia se confunde com a própria história do país. Em Porto Seguro, no Extremo Sul da Bahia, no ano de 1500, o Brasil foi descoberto com a chegada dos portugueses e a celebração da primeira missa, em Coroa Vermelha, por frei Henrique Soares de Coimbra. Nesses cinco séculos de muitas histórias, a Bahia foi palco de invasões, como a Holandesa, das guerras pela Independência, e de conflitos e revoltas, como a Sabinada e a dos Malês.

No século XVI, a Bahia foi movida pela economia do pau-brasil e da cana-de-açúcar, seguida pelo ciclo do ouro e do diamante. A fase áurea da cana-de-açúcar, inclusive, proporcionou o surgimento da nobreza colonial, provocando um aumento populacional e também financeiro, principalmente na capital, o que pode ser comprovado pelas construções das principais igrejas da cidade, como a de São Francisco, a igreja de ouro, a venerável Ordem Terceira de São Francisco, com fachada em barroco espanhol, e a Catedral Basílica, onde está o túmulo de Mem de Sá, o terceiro governador-geral do Brasil, e a cela onde morreu o padre Antônio Vieira.

Aspectos geográficos

A Bahia ocupa 6,64% do território nacional. Da área de 564.692,67 km², cerca de 68,7% encontram-se na região do semiárido, enquanto o litoral mede 1.183 km, o maior litoral dentre todos os estados brasileiros. Seu vasto território abriga muitos tipos de ecossistemas. O clima tropical predomina em todo o estado, apresentando distinções apenas quanto aos índices de precipitação em cada uma das diferentes regiões. Na faixa litorânea, encontramos clima ameno e floresta tropical úmida, com áreas remanescentes de Mata Atlântica. No semiárido, na região do sertão, a temperatura é quente e a vegetação predominante é a caatinga, enquanto no oeste o clima é seco e a vegetação é típica do cerrado.

O clima tropical predomina em toda a Bahia, apresentando distinções apenas quanto aos índices de precipitação em cada uma das diferentes regiões. Em regiões como o sertão, há predominância do clima semi-árido. No litoral e na região de Ilhéus a umidade é maior e os índices de chuva podem ultrapassar os 1.500 mm anuais.

Com 561.026 km² situados na fachada atlântica do Brasil, o relevo é caracterizado pela presença de planícies, planaltos e depressões. Marcado pelas altitudes não muito elevadas, o ponto mais alto da Bahia é representado pelo Pico das Almas, situado na Serra das Almas, com cerca de 1.958 metros. Os chapadões e as chapadas presentes no relevo mostram que a erosão trabalhou em busca de formas tabulares. Os planaltos ocupam quase todo o estado, apresentando uma série de patamares, por onde cruzam rios vindos da Chapada Diamantina, da a Serra do Espinhaço, que nasce no centro de Minas Gerais, indo até o norte do estado, e a própria Chapada Diamantina, de formato tabular, marcando seus limites a norte e a leste. O planalto semi-árido, localizado no sertão brasileiro, caracterizado por baixas altitudes. O relevo que pedromina no estado baiano é a depressão. As planícies estão situadas na região litorânea, onde a altitude não ultrapassa os 200 metros. Ali surgem praias, dunas, restingas e até pântanos. Quanto mais se anda rumo ao interior, mais surgem terrenos com solos relativamente férteis, onde aparecem colinas que se estendem até o oceano.

A Bahia possui três tipos de vegetação, sendo a caatinga predominante sobre a floresta tropical úmida e o cerrado. A caatinga abrange toda a região norte, na área da depressão do São Francisco e na Serra do Espinhaço, deixando para o cerrado apenas a parte ocidental, e para a floresta tropical úmida, o sudeste. No interior, as estações de seca são mais marcantes, com exceção para região do vale do Rio São Francisco. Na Serra do Espinhaço, por exemplo, as temperaturas são mais amenas e agradáveis. Os índices pluviométricos no sertão, onde ocorrem os longos períodos de seca, são bastantes baixos, podendo não chegar aos 500 mm anuais

 

CHAPADA DIAMANTINA

A Chapada Diamantina reúne variados atrativos naturais e culturais, no coração do Estado da Bahia. Roteiro certo para quem busca paz e tranquilidade ou para quem está atrás de história e aventura.

A vasta Mata Atlântica, campos floridos e planícies de um verde sem fim dividem a paisagem com toques de caatinga e cerrado. Imensos paredões, desfiladeiros, cânions, grutas, cavernas, rios e cachoeiras completam o cenário de rara beleza da Chapada Diamantina. Inicialmente habitada pelos índios Maracás, a ocupação de fato da região remonta aos anos áureos da exploração de jazidas e minérios, a partir de 1710, quando foi encontrado ouro próximo ao Rio de Contas Pequeno, marcando o início da chegada dos bandeirantes e exploradores. Em 1844, a colonização é impulsionada pela descoberta de diamantes valiosos nos arredores do Rio Mucugê, e os comerciantes, colonos, jesuítas e estrangeiros se espalham pelas vilas, controladas e reguladas pela força da riqueza. A atividade agropecuária tomba diante da opulência do garimpo.

Reduto de belezas naturais, a Chapada abarca uma diversidade grande de fauna e flora. São mais de 50 tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras, além de espécies animais raras, como o tamanduá-bandeira, tatu-canastra, porco-espinho, gatos selvagens, capivaras e inúmeros tipos de pássaros e cobras. O Parque Nacional da Chapada Diamantina, criado na década de 80 do séc. XX, atua como órgão protetor de toda essa exuberância.

 

O turismo é um importante segmento da economia mundial, além de ser uma forma de conhecer novos lugares, proporcionando momentos de lazer aos visitantes. O processo de globalização promoveu (e ainda promove) a expansão desse setor, que está se diversificando para atrair cada vez mais seguidores. Nesse sentido, uma modalidade que tem se destacado é o turismo ambiental, também chamado de ecoturismo. 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), “o ecoturismo é um segmento da atividade turística que utiliza de forma sustentável o patrimônio natural, cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas”. 

Portanto, essa vertente do turismo tem por objetivo atingir os princípios fundamentais do desenvolvimento sustentável, em que a “exploração” dos elementos naturais ocorre de forma consciente e ecologicamente correta. A principal diferença em relação ao chamado “turismo comum” é que no ecoturismo os praticantes têm um contato direto com a natureza, despertando a consciência ambiental e a valorização do meio ambiente. 

O ecoturismo atrai cada vez mais adeptos. Essas pessoas visam sair da rotina estressante dos núcleos urbanos, satisfazendo suas necessidades de repouso, diversão, reflexão, recreação, aventura, entre outros momentos de prazer que a natureza pode oferecer. Existe uma grande variedade de atividades no ecoturismo, sendo que todas as faixas etárias podem partcpar de algumas delas. 

A observação da fauna e da flora de um parque ou uma palestra sobre educação ambiental, por exemplo, caracterizam atividades do turismo ambiental. Para os mais aventureiros são destinadas o boia-cross, arvorismo, tirolesa, canyoning, trekking, rafting, asa-delta, balonismo, cicloturismo, trilhas ecológicas, mergulhos, entre outros. 

Graças à grande extensão territorial, riqueza ecológica, além do grande patrimônio histórico-cultural, o Brasil é um dos principais destinos para quem pretende praticar o ecoturismo. Esse fato é constatado pelo crescimento dessa vertente no país se comparada à média mundial: no Brasil, o ecoturismo apresenta expansão de 30% ao ano, já a média mundial é de 8% ao ano.